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RESUMO
A intenção deste escrito é, sucintamente, pensar algumas linhas da “condição pós-moderna”, na obra do francês Jean-François Lyotard e, com ele e a partir dele, questionar se e onde houve (ou não) reais rupturas na forma de pensar herdada da modernidade. Nisto, tensionamos, com Heidegger, o quanto essa suposta ruptura ainda mantém elementos basilares do logos moderno, principalmente no que se refere à questão da técnica. Criaram-se rachaduras, tensões, algum conflito; mas o modo de pensar moderno ainda se impõe nesta tentativa de ruptura que se chamou de pós-moderno, e isso parece ocorrer enfaticamente pelo protagonismo da técnica na estruturação e legitimação do conhecimento filosófico e científico. Contra isso, Heidegger vem com o esboço de um “outro pensar”, que vá para além nesse questionamento e na tentativa de destruição e ruptura: o que nos “pode salvar” parece ser a refundação de um logos, um método novo de pensar, que partindo da compreensão do perigo extremo que nos oferece a armadilha da técnica moderna, vá em frente, continue, siga essa destruição e elabore uma reconstrução a partir dos escombros.